Eleição 2014

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30/07/2012

MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DA PMMG E CBMMG EM 1997 - FALO POR CONHECIMENTO DE CAUSA


Origem: Facebook da Renata Pimenta
Penso que para se posicionar sobre qualquer assunto, quem o fizer deverá incluir na sua manifestação o conhecimento de causa de forma real, sem o sensacionalismo abusivo de fatos que não viveu na própria pele. Para falar sobre 1997, mais precisamente sobre o Dia em que a Polícia parou, é preciso ter passado e sofrido um milésimo daquilo que os participantes do movimento sofreram. Eram, e muitos continuam Praças.
Aqueles que de fato expuseram a si próprios e também as suas famílias, nós sabemos quem foi linha de frente, quem deu a cara para bater, não é mesmo? O que muitos de nós esqueceu é que o nosso salário era miserável e que o Status que muitos militares, ocupantes de postos hierarquicamente superiores, ostentavam era falso, pois também tinham um salário miserável e na maioria das vezes, se contentavam em ter sob o seu domínio uma Tropa insatisfeita que trabalhava como cordeiro, porém com um furacão dentro de si. Eram homens e mulheres que bus...cavam a esperança de um dia melhor. Resta dizer que quando o grito de Minas ecoou pelo país, viu se que nós éramos Grandes e Melhores, pois fomos do Oiapoque ao Chuí, num momento mágico. O respeito pairou sobre os Praças de Minas Gerais. Nós construímos uma Nova PMMG.
Fico bem à vontade para falar desta forma, pelo fato de ter estado lá , de ver a altivez dos meus companheiros, até então desconhecidos; em especial o Cabo Júlio que se postou de frente ao conhecido e temido Chefe do Estado Maior, dizendo a seguinte frase: “estou aqui como homem e não como Cabo , trate-me com o devido respeito, sou Praça não sou covarde”, fato ofuscante ao brilho de qualquer estrela.
O movimento de 1997 faz parte da história e iria existir, não havia outro caminho.
A disciplina mudou, e de fato, no momento primeiro posterior ao movimento, os valores foram confundidos e aqueles que participaram foram vistos como bandidos, até que vieram os primeiros lucros e “aqueles bandidos” se tornaram heróis.
A disciplina esta aí, porém o que ocorre é que hoje o Policial Militar tem voz própria, e busca os seus direitos da mesma forma que o cidadão comum e aqueles que acreditam que a punição pelos exageros não ocorre, podem mudar o rumo da prosa, pois boletins com punições aplicadas estão no front todo dia, muitas, às vezes, até injustas. Só que existem duas verdades: a sua e a minha, que é a real.

Irlene Geralda de São Joaquim, nr. 086855-4

Editorial do Blog: Bem, eu sempre que posso falo sobre esse dia que marcou Minas Gerais e concordo em parte com o exposto acima, só discordo quando a pessoa que redigiu o texto se refere ao Cabo Julio como se ele fosse o salvador da patria. O fato ocorrido em 1997, ou seja, "O Movimento Reivindicatório da PMMG e CBMMG foi histórico e apesar que as duas corporações e até mesmo as nossas lideranças incluindo o deputado Sgt Rodrigues, Cb Julio e os presidentes de associações, parecer que esqueceram esse fato, pois sequer fizeram referencia ao movimento em 24 de junho ultimo, mes em que se deu os acontecimentos. Este blog foi um dos poucos a homenagear esse grande dia, portanto estou capacitado a falar e até corrigir qualquer matéria e a qualquer pessoa que falar algo sobre o assunto, pois fui um dos participantes, inclusive o meu nome de guerra consta no banner acina (cabo Fernando do 18º BPM). Na época fui o único militar a acusar o Cel Eleotério de haver dado tiro naquele dia, também fui o unico militar a testemunhar contra ele na delegacia de homicidio e o unico militar a ser testemunha de defesa do soldado Wedson, acusado pela cúpula dos oficiais de ser o militar que atirou e causou a morte do verdadeiro lider cabo Valério. No texto acima, me desculpe a sua autora, ela praticamente coloca o cabo Julio como o único responsável pela mudança radical que a PM e o BM teve a partir daquela data. Minha opinião é a seguinte, tivemos realmente uma melhora de 99% em todos os sentidos, mas o responsavel por essa mudança não foi somente o Julio, ele sozinho não faria nada, todos que participaram, os que receberam apenas uma cadei pela participação, ou os 187 que foram expusos (incluindo eu e o meu filho), enfim todos os quase 6 mil participantes foram responsaveis por tudo que aconteceu, se tivemos uma melhora não foi mérito do Julio, foi quem estava abonando tudo que ele pedia ao governo e ainda tem mais, na comissão de negociação se encontrava o sargento Rodrigues, o cabo Morais, cabo Mauricio (Maurição) e outros mais, portanto não é correto colocar o Julio num pedestal  como se ele fosse um Deus e esquecermos dos quase 6 mil que deram cobertura a ele e pior ainda não lembrarmos do verdadeiro lider e martir que fo o nosso irmão Cabo Valério. E pelo que o Julio fez aquele dia, nós já o pagamos e não o estamos devendo nada, ao contrario ele é que nos deve, pois o elegemos duas vezes deputado federal e ele não deu valor e perdeu a terceira vez, se elegendo vereador com votos mínimos, agora ele esta nos devendo e nos deverá por cada vez que se reeleger. EM 1997 NA REALIDADE SÓ TIVERAM DOIS VERDADEIROS LIDERES, O CABO VALÉRIO E O SOLDADO WEDSON, ACUSADO INJUSTAMENTE DE HAVER BALEADO O VALÉRIO. OS DEMAIS NINGUÉM PODE SER CHAMADO DE LIDERES, POIS TODOS QUE LA ESTIVERAM A PARTICIPAÇÃO FORAM IGUAIS. NENHUM DOS MILITARES QUE PARTICIPARAM DAS NEGOCIAÇÕES PODEM SER CONSIDERADO LIDERES, POIS ELES SOZINHOS NÃO TERIAM A FORÇA DE MUDAR O QUE FOI MUDADO DE LA PARA CÁ, SEM A PARTICIPAÇÃO DOS QUASE 6 MIL JUNTOS MILITARES, CASO CONTRARIO ESSES "LIDERES" NÃO TERIAM EXITO NAS NEGOCIAÇÕES. AI EU PERGUNTO, ALGUÉM DEVE ALGO A ALGUÉM?

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